“Programa Mais Médicos”


Em 26 de Agosto do corrente foi promovido por Acadêmicos da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás no espaço de debates “Café com Políticas Publicas” promovido no auditório da FIC, o debate sobre o Programa Mais Médicos do Governo federal o qual contou com a participação de atores envolvidos diretamente como gestores e implementadores, assim como com convidados de alta relevância para o debate como o Drº Matthew Harris pesquisador da Universidade de Nova York via web, Drª Raquel Abrantes Pego, Consultora da OPAS – OMS, Drª Fabiana da Cunha Nogueira Saddi - Professora UFG e Coordenadora de Politica & Saúde, Drº Sandro Rogério Rodrigues Batista - Diretor de Atenção Municipal de Saúde de Goiânia, DrºLucas Nogueira Taveira Adorno – Medico Apoiador do Distrito Norte da Cidade de Goiânia, Drº Elias Rassi Neto – Professor da UFG, Drº Robson Azevedo – SIMEGO e Professor de Ética da PUC - Goiás, Marinalva Pereira de Carvalho – Enfermeira e Sheilla Pitta – Enfermeira e Agente Comunitária da Saúde UABSF do Setor Parque Atheneu – Goiânia respectivamente, todos participaram da mesa de debate.

Todos os envolvidos demonstraram no debate que o “Programa Mais Médicos” é uma saída mas nem todos concordam com a forma como fora implantado em nosso País. O Drº Matthew é médico clinico geral (UCL e USP), com PhD e Post-doc pela Universidade de Oxford, Mestrado na LSHTM, atuou como médico de família em Pernambuco por quase 03 anos, e com diploma médico validado pela USP. Atuou também como clinico geral em países da África, diz que antes de atuar em Pernambuco já havia tentado uma vez e não havia passado no revalida e acredita que não estava ainda preparado para desenvolver o trabalho que posteriormente fez por três anos, acredita que é necessário que o medico esteja ambientado com a cultura, com as doenças, com o idioma para que obtenha êxito em sua trajetória e que ter um medico para assistir o dia-a-dia é necessário estar preparado de acordo com a Academia de Medicina Brasileira, para que não haja tantos erros como os citados pelo Professor Robson que acredita ser necessário implantar o revalida pois assim seria possível obter médicos mais qualificados, também chamou a atenção para a implantação de carreira e melhores salários pois se o Brasil paga 10 reais a um medico estrangeiro por que não paga este montante ao brasileiro? Pois o máximo segundo ele é o valor de 4 mil reais, desta feita os médicos não veem interesse em permanecer trabalhando por muito tempo, pois além de não ver perspectivas, os cargos são voláteis de acordo com as mudanças de governantes. Já a Drª Raquel defende o Programa, pois vê nele a saída que o problema se arrasta por décadas e acha que os erros cometidos fazem parte já que somos humanos e todos erram, esta fala provocou a repulsa aos presentes em particular ao Drº. Robson Professor de ética da PUC que diz não admitir erros e exemplificou um parente da professora precisando atendimento e este ser equivocado levando a perda deste ente.

Bem a maioria da mesa presente defendeu o Programa e eu que não tive a oportunidade de expor o que penso, portanto fico sem as respostas que perguntaria aos presentes:

1º Por que somos obrigados a tratar os médicos estrangeiros como escravos, pois no acordo com Cuba passamos a maior parte dos 10 mil reais diretamente ao governo, então isto é ético? A Professora Raquel diz que Cuba exporta mão de obra, mas a que preço, esquecemo-nos dos escravos africanos?

2º Quantas horas nossos médicos trabalham, pois segundo a FENAN a partir de calculo pela FGV em 2011, por 20 horas trabalhadas um medico receberia R$ 9.188,22. O que seria justo para ele prestar um atendimento de qualidade ao SUS e, portanto a nós pobres mortais?

3º Com tanta influencia na política brasileira por que os médicos não regulamentam a classe em torno do Estado Brasileiro e param de prestar um desserviço à população?

4º Qual a vantagem de mandar um medico para a população se não tem material para pequenos procedimentos? Então é uma jogada politica?

5º As UABSF, vejo como enganação, já precisei e vi funcionários torcendo o nariz aqui mesmo no Itatiaia setor ao lado do campus samambaia. Por que somos despreparados com o próximo? Falta educação de base?

Bem na minha visão como estudante de Politicas Públicas, acredito que o “ Programa Mais Médicos “ não é de todo mal afinal contempla a necessidade básica do cidadão e de acordo com a nossa Constituição, no Art. 196 a Saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado, então no próximo artigo diz que e de relevância as ações publicas neste sentido, entretanto apesar de todo marketing, vejo como o pior deste a forma como se aplica a implantação assim como a exploração do trabalho dos Cubanos, vejo como vexatória a linha que segue  a administração deste governo para com nossos semelhantes assim como a falta de aparelhamento em recursos materiais e físicos. 

Fontes: Profa Fabiana C Saddi Ufg, Política&Saúde, Portal Canedo, cremego, gazetadopovo



Por Antonio Oliveira - Gestor SI – Aluno de Graduação da Faculdade de Ciências Sociais e Politicas Públicas – Sec. Comunic. Partido Verde

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