No Limiar da Corrupção - A Máxima I.

Como somos falhos e nos sentimos por vezes impotente diante do outro ser que nos apresenta situações vexatórias e desconexas com a luta diária. Nesta, por valores, chegamos a desanimar pelo bombardeio que temos diariamente, ao nos defrontar com pessoas que querem a qualquer custo levar vantagem seja a que preço for. Pois é o que tenho constatado através das abordagens de um pré-candidato a um pleito da Câmara municipal de uma cidade de Goiás.

A constatação vem da abordagem ao eleitor simples de roupa humilde e fala singela ou daqueles em que a pompa mal cabe dentro de si, ambos têm em comum inserido na fala seja direta ou através de muitas e muitas voltas uma pergunta quase que usual, ou seja, “QUANTO EU GANHO”, bem em se tratando de eleições onde o que importa é o todo, poderíamos responder que: “com projetos necessários e de importância para a coletividade”, porém tal resposta se quer pode ser concluída, pois o cidadão quer escutar uma proposta indecente, e ainda fala que não votará em fulano ou beltrano porque nas eleições passadas não lhe deram o que lhe haviam prometido, e a pergunta que não quer calar: “O QUE LHE FORA PROMETIDO?” Oras que a resposta é sempre dada às voltas e em tom de desabafo, dizem que faltou mais um pouco do que havia ganhado ou que o cargo prometido não viera e por aí vai. A constatação que se chega é lamentável, visto que não são uns poucos “gatos pingados” que querem ser enganados, que desejam escutar promessas vãs. Entretanto parece que está insítrico na cultura deste povo, que precisa escutar uma vantagem para fazer valer um direito para o bem comum se estabelecer, para que  possa banir os maus, para que  possa ter dias de esperança.

Complicadíssimo a esta altura do campeonato mudar a tática de jogo, no entanto temos fé e esperança que algo possa fazer valer mais que a Lei de Gérson, como os valores que tanto faz falta para a sociedade como um todo. Que nossos cidadãos acordem para a realidade dos dias e parem de olhar para um ganho pequeno e fortuito em prol de melhorias futuras.

Antonio Oliveira 

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